quarta-feira, 5 de março de 2014

Fernando Pessoa

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 Fernando Pessoa e os Heterônimos
Heterônimos ao contrário dos pseudônimos - vários nomes para uma mesma personalidade - os heterônimos constituem várias pessoas que habitam um único poeta.
 Cada um deles tem a sua própria biografia,
 sua temática poética singular e seu estilo específico.
É como se eus fragmentados e múltiplos explodissem dentro do artista,
 gerando poesias totalmente diversas.
 O próprio Fernando Pessoa explicou os seus heterônimos:

"Por qualquer motivo temperamental que me não proponho analisar,
 nem importa que analise, 
construí dentro de mim várias personagens distintas entre si e de mim,
 personagens essas a que atribuí poemas vários que não são como eu,
 nos meus sentimentos e idéias, os escreveria.
Assim têm estes poemas
 de Caeiro,
 os de Ricardo Reis
 e os de Álvaro de Campos 
que ser considerados.
 Não há que buscar em quaisquer deles
 idéias ou sentimentos meus, pois muitos deles exprimem idéias que não aceito,
 sentimentos que nunca tive.
 Há simplesmente que os ler como estão,
 que é aliás como se deve ler."
 
Fernando Pessoa é, sem dúvidas, o maior nome da poesia portuguesa no século XX. Seus heterônimos não cobriram o seu nome e, dentre eles, três destacam-se:
Álvaro de Campos ( o futurista ),
Alberto Caeiro ( o mestre campestre ) e
Ricardo Reis ( o classiscista ).
Ainda é possível destacar Bernardo Soares, semi-heterônimo,
autor de "Livro do Desassossego".
E também ele criou um eu lírico feminino,
usando um nome comum: Maria José,
a qual aparece na obra pessoana
através de um texto de sensibilidade arrebatadora:
"A carta da corcunda para o serralheiro".


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