terça-feira, 28 de setembro de 2010

Uma importante opção.

Uma importante opção

Emília pertencia a uma família de classe média, em um país europeu que sofria crises e carestias, depois de uma prolongada guerra nacional.
 Fome e epidemias ameaçavam a toda a população polonesa.
Emília, desde pequena, tinha uma saúde frágil, e não melhorava devido às condições em que vivia. Era ainda muito jovem quando se casou com um operário têxtil e se estabeleceram em uma cidadezinha nova, longe de familiares e conhecidos: Wadovice, a 30 km de Cracóvia.
Pouco tempo depois nasceu seu primeiro filho, Edmundo, um garoto belo, bom aluno, atleta e de personalidade forte. Chegaria a se formar em Medicina.
Alguns anos mais tarde, em 1915, Emília deu à luz uma menina, que só sobreviveu poucas semanas, por causa das más condições de vida a que a família estava submetida.
Catorze anos depois do nascimento de Edmundo, e quase dez da morte de sua segunda filha, Emília se encontrava em uma situação particularmente difícil.
Tinha cerca de 40 anos e sua saúde não havia melhorado: sofria severos problemas renais e seu sistema cardíaco se debilitava, pouco a pouco, devido a uma doença congênita.
Além disso, a situação política do seu país era cada vez mais crítica, pois havia sido muito afetado pela recém terminada Primeira Guerra Mundial.
Viviam com o indispensável e com a incerteza e o medo de que se instalasse uma nova guerra.
Justamente nessas terríveis circunstâncias, Emília percebeu que estava grávida novamente. Apesar de o acesso ao abortamento não ser fácil naquela época, e naquele país tão pobre, existia a opção e não faltou quem se oferecesse para praticá-lo.
Sua idade e sua saúde faziam da gestação um alto risco para sua vida. Além disso, sua difícil condição de vida lhe fazia perguntar-se: Que mundo posso oferecer a este pequeno? Uma vida miserável? Um povo em guerra?
Emília desconhecia que só lhe restavam dez anos de vida, por causa de seus problemas de saúde.
Tragicamente, também Edmundo, o único irmão do bebê que esperava, viveria só mais dois anos.
Alguns anos mais tarde, aconteceria a Segunda Guerra Mundial, e no ano de 1941, o pai da criança que estava por nascer também perderia a vida.
Contudo, entre as dificuldades que a assombravam e a vida que nela palpitava, Emília optou por dar à luz seu filho, a quem chamou de Karol. Ele foi o único sobrevivente da família.
Aos 21 anos, ficou na Terra sem os pais e sem os irmãos. Este menino se tornou um ancião. Por muitos anos, cada vez que visitava algum país e passava por suas ruas, milhões de gargantas exaltadas lhe gritavam: João Paulo Segundo, nós te amamos.
Com vários problemas de saúde, o Papa João Paulo Segundo confessou que somente se sustentava pela força da prece dos que oravam por ele.
* * *
Pense nisso! A jovem Emília podia ter decidido por não permitir o nascimento daquele terceiro filho.
Mas, que grande homem teria perdido o Mundo. Um homem que utilizou o seu prestígio para falar aos dirigentes das nações sobre as doenças da sociedade e que, esperançoso, afirmava que havia razões para confiar, para esperar, para lutar, para construir.
Pense nisso e jamais diga não à vida. Não importam as situações adversas, nem as nuvens borrascosas que teimam em se apresentar.
Se um Espírito lhe bater à porta do coração, pedindo acolhida num minúsculo corpo de carne, receba-o.
Ele poderá vir para mudar a face do Mundo. Ele poderá vir, simplesmente, para enrolar seus braços em seu pescoço e sussurrar aos seus ouvidos: Eu te amo, mamãe!







Dia 28 de setembro

Nascimento de Tim Maia (Sebastião Rodrigues Maia), cantor e compositor da MPB, no Rio de Janeiro-RJ, em 1942.

Amor ao Próximo

Amor ao próximo
A orientação do Cristo para que amemos o próximo como a nós mesmos é fácil de ser repetida, mas ainda está um tanto distante de ser vivida.
Quando Jesus faz essa recomendação, não estabelece nenhuma condição, simplesmente recomenda que amemos.
Todavia, temos a tendência de consagrar a maior estima apenas àqueles que leiam a vida pela cartilha dos nossos pontos de vista.
Nosso devotamento costuma ser caloroso para com os que concordam com o nosso modo de ver, com nossos hábitos enraizados e princípios sociais.
Esquecemo-nos de que nem sempre nossas interpretações são as melhores, nossos costumes os mais nobres e nossas diretrizes as mais elogiáveis.
É importante desintegrarmos a concha do nosso egoísmo para dedicarmos o amor ao próximo conforme o recomenda Jesus. Não pela servidão afetiva com que se ligam ao nosso roteiro pessoal, mas pela fidelidade com que se dedicam em favor do bem comum.
Se amamos alguém tão só pela beleza física, provável encontremos amanhã o objeto de nossa afeição a caminho do monturo.
Se estimamos em algum amigo apenas a oratória brilhante, é possível esteja ele em aflitiva mudez, dentro em breve.
Se o móvel da nossa suposta afeição são os bens materiais, lembremos que estes são passageiros como as flores de um dia.
É imprescindível aperfeiçoar nosso modo de ver e de sentir, a fim de avançarmos no rumo da vida superior.
É bem verdade que existem pessoas com as quais não trocamos afetividades. Diríamos até que a presença de algumas pessoas nos causam aversão.
Todavia, se não as conseguimos amar, é importante que não lhes desejemos o mal. Que quebremos de vez por todas as pesadas algemas do desafeto, não lhes enviando vibrações negativas.
Jesus recomenda que amemos os nossos inimigos, mas, dedicar amor aos inimigos ainda é muito difícil, no atual estágio evolutivo da Terra. Todavia, não é impossível. Basta que comecemos a ver os nossos supostos inimigos como irmãos que carecem do amor de Deus tanto quanto nós.
O primeiro passo é intensificar o afeto aos que nos são simpáticos. Depois, dedicar atenção aos que nos são indiferentes: porteiros, carteiros, frentistas,  entre outros. Em seguida, tolerar os que nos causam aversão.
Assim, quando menos esperarmos, o amor ao próximo já será uma constante em nossos corações. É preciso darmos o primeiro passo, e continuarmos firmes. Eis aí o grande desafio!
* * *
Busquemos as criaturas, acima de tudo, pelas obras com que beneficiam o tempo e o espaço em que nos movimentamos, porque um dia, compreenderemos que o melhor raramente é aquele que concorda conosco, mas é sempre aquele que concorda com o Senhor, colaborando com Ele, na melhoria da vida, dentro e fora de nós.
Pense nisso!

Dia 27 de setembro de 2010.

O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis".
(Fernando Pessoa)

Dia 26 de setembro

Nascimento de Luis Fernando Veríssimo, escritor brasileiro, em Porto Alegre-RS, no ano de 1936.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dia 22 de setembro

Nascimento de Gonzaguinha (Luiz Gonzaga Nascimento Filho), cantor e compositor da MPB, no Rio de Janeiro-RJ, em 1945.

Dia 22 de setembro

Nascimento de Andrea Bocelli, reconhecido tenor, escritor e compositor da música mundial, em Lajatico, Toscana-Itália, no ano de 1958;

Dia 17 de setembro

  • Nascimento de Marina Lima (Marina Correia Lima), cantora da MPB, no Rio de Janeiro-RJ, em 1955.
  • Dia 15 de setembro

    Nascimento de Rubem Alves, educador, psicanalista, teólogo, autor de livros infantis e poeta, em Boa Esperança-MG, no ano de 1933.

    "Tem muita gente peruá neste planeta. Gente que não explode, que não reage ao calor, não desabrocha. Que não vira pipoca".
    Do livro O amor que acende a lua.
    (Rubem Alves).

    Dia 12 de setembro


    Nascimento de Geraldo Vandré (Geraldo Pedrosa de Araújo Dias), cantor e compositor da MPB, em Pessoa-PB, no ano de 1935.

    Geraldo Vandré mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).

    Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretada por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque. Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não dizer que não falei de flores ou Caminhando.

    A composição era um hino de resistência contra o governo militar e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. O sucesso acabou em segundo lugar no festival, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim.

    Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei de flores depois do fim da censura, conquistando enorme sucesso de público e crítica.

    Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, morto no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França. Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe.

    Dia 12 de setembro


    Nascimento de Auta de Souza, grande poetisa brasileira, em Macaíba, depois cidade do Rio Grande do Norte-RN, no ano de 1876.

    O HORTO
    À ALMA DE MINHA MÃE

    Partiu-se o fio branco e delicado
    Dos sonhos de minh’alma desditosa...
    E as contas do rosário assim quebrado
    Caíram como folhas de uma rosa.
    Debalde eu as procuro lacrimosa,
    Estas doces relíquias do Passado,
    Para guardá-las na urna perfumosa,
    Do meu seio no cofre imaculado.
    Aí! se eu ao menos uma só pudesse
    D’estas contas achar que me fizesse
    Lembrar um mundo de alegrias doidas...
    Feliz seria... Mas minh’alma atenta
    Em vão procura uma continha benta:
    Quando partiste m’as levaste todas!

    (Natal - Março de 1895).
    AUTA DE SOUZA

    Dia 10 de setembro



    Nascimento de GUGA (Gustavo Kuerten), o maior tenista brasileiro da história, em Florianópolis-SC, no ano de 1976.

    Dia 07 de setembro




    Parabéns ao povo brasileiro..., e vamos 'declarar novamente' a nossa independência !!!

    Assembléia na carpintaria


    Assembléia na carpintaria

    Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.
    Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.
    Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.
    A causa?
    Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.
    O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.
    Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
    A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
    Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
    Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
    Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.
    Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
    "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."
    A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.
    Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.
    Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.
    Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.
    Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.
    É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.
    Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios!!!!
    Autor desconhecido

    terça-feira, 21 de setembro de 2010

    A paz que trago em meu peito.


    A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...
    Quando se é jovem ou imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
    Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece.
    A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
    Ter paz é ter a consciência tranquila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou...
    Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
    Ter paz é ter ouvidos que ouvem, olhos que veem e boca que diz palavras que constroem.
    Ter paz é ter um coração que ama...
    Ter paz é brincar com as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras e embala os ramos verdes que em suas águas se espreguiçam...
    Ter paz é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas.
    Ter paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer...
    Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
    É ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
    Ter paz é admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
    A paz que hoje trago em meu peito é a tranquilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para mudar as próprias imperfeições.
    É a humildade para reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...
    É a vontade de dividir o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.
    É melhorar o que está ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir uma coisa da outra.
    É admitir que nem sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
    A paz que hoje trago em meu peito é a confiança Naquele que criou e governa o Mundo...
    A certeza da vida futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas tiver oferecido.
    Às vezes, para manter a paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado silêncio.
    Lembra-te de usar o silêncio quando ouvir palavras infelizes.
    Quando alguém está irritado.
    Quando a maledicência te procura.
    Quando a ofensa te golpeia.
    Quando alguém se encoleriza.
    Quando a crítica te fere.
    Quando escutas uma calúnia.
    Quando a ignorância te acusa.
    Quando o orgulho te humilha.
    Quando a vaidade te provoca.
    O silêncio é a gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa ferramenta para construir e manter a paz.



    HERÓIS ANÔNIMOS


    HERÓIS ANÔNIMOS
    Iniciava-se mais um dia em uma grande cidade. A agitação e o grande número de carros nas ruas refletia a época do ano: faltava uma semana para o Natal.
    Nas ruas, misturavam-se os carros daqueles que se dirigiam ao trabalho e dos que iam às compras. Era difícil deslocar-se com rapidez.
    Em um posto policial, localizado em uma praça da cidade, a rotina era tranquila até que um carro se aproximou em alta velocidade e estacionou. O motorista chamou o guarda quase com desespero.
    No carro, uma mulher dava à luz uma criança. O policial solicitou uma ambulância pelo rádio e dirigiu-se ao veículo. Não era possível esperar: a criança estava nascendo.
    Mesmo sem ter feito um parto sozinho anteriormente o policial não titubeou. O treinamento lhe veio à memória e o parto transcorreu sem problemas aparentes.
    No entanto, em meio à emoção e à dor, a mãe percebeu que o bebê não se movimentava e parecia estar arroxeado, e pediu ao guarda que o ajudasse.
    Um exame rápido e não foi difícil perceber que o cordão umbilical estava enrolado em torno do pescoço do recém-nato, e lhe provocava asfixia.
    Novamente o treinamento lhe veio à mente e, com uma rápida manobra, retirou a circular do cordão. Observou, então, que o bebê respirou profundamente.
    Em seguida, a ambulância chegou ao local, levando a mãe e o bebê para um hospital, onde chegaram ambos bem.
    Não demorou para que jornalistas se dirigissem ao posto policial para entrevistar aquele que se tornaria o herói do dia na cidade.
    Jornais on line, Rádio e TV noticiaram o fato inusitado e o policial era o centro das atenções. Mesmo com a agitação da cidade, a notícia chamou a atenção de muitos.
    No final da tarde, em uma padaria próxima ao posto de guarda, o policial não conseguia sequer lanchar. Era abordado por todos que queriam o seu relato. Emocionado, ele se dizia realizado por salvar a vida da criança.
    Muitos se sensibilizaram com a notícia. Na verdade, não foi apenas a vida daquela pequena criança que foi salva, mas a felicidade de toda uma família que aguardava seu nascimento.
    Como esse policial, muitas são as pessoas que realizam atos de verdadeira bravura salvando vidas, auxiliando pessoas em momento de extrema necessidade, vencendo limites para ajudar o próximo. Sem dúvida, essas pessoas não agem sem proteção, pois muitas vezes realizam atos para os quais não estão aparentemente preparadas, e, por vezes, ultrapassam até mesmo suas resistências físicas.
    Quando alguém quer sinceramente agir no bem entra em sintonia com o mundo espiritual e recebe sua ajuda, sob forma de intuição, de coragem, de uma força que surpreende até mesmo aquele que a recebe.
    O verdadeiro herói age desinteressadamente. Não almeja a fama, não deseja recompensa que não seja a de ver o próximo feliz. Mas tais atos, quando noticiados, podem nos servir de exemplos.
    Exemplos de abnegação, de dedicação, de doação ao próximo, de ausência de egoísmo.
    Enfim: exemplos de amor que transformam, diariamente, um incontável número de pessoas em verdadeiros heróis anônimos.

    Aconteça o que acontecer


    Aconteça o que acontecer, esteja em paz com você mesmo.

    Aconteça o que acontecer, medite sobre a sua postura perante a vida, diante do seu próximo.

    Aconteça o que acontecer, esteja alerta aos seus sentimentos em relação a si e aos outros.

    Aconteça o que acontecer, esteja em paz com Deus, que o criou e que quer-lhe bem.

    Aconteça o que acontecer, esteja feliz, porque a vida é a melhor escola para que você cresça.

    Aconteça o que acontecer, esteja em todos os corações com sua bondade, sua generosidade e sua doação.

    Aconteça o que acontecer, esteja ativa na vida, pois passiva e trancada, nada lucrarás, a não ser, a estagnação.

    Aconteça o que acontecer, ame, apoie, agasalhe, ajude ao próximo.

    Aconteça o que acontecer, esteja em paz.

    Reflexão para o dia dos Pais

    Segundo Domingo de agosto
    Comemora-se o Dia dos Pais
    E os pais que vivem isolados
    Em quartinhos de quintais
    Os pais que vivem mudos
    Porque os filhos sabem mais
    Asilos e casas de repouso
    Vivem esses marginais
    Marginalizados pelos filhos
    Essas feras racionais
    Deus sabe quanto lutaram
    Para criar esses filhos
    Hoje são homens formados
    Jogam seus pais em asilos
    Quantos hoje são mendigos
    Mãos estendidas pedem auxílio
    Se eles ficam em casa
    São verdadeiros empecilhos
    Enquanto os velhos mendigam
    Os jovens vivem tranquilos
    Os filhos ouvem música
    Ou assistem televisão
    E o velho pai onde está ?
    Sentado na cama no porão
    Meu pai não gosta de nada
    Vive bem com a solidão
    Descí as escadas e fui ver
    Ví o velho esfregando as mãos
    Estava muito gelada
    Com o frio da ingratidão
    O absurdo dos absurdos
    Eu quero contar pra vocês
    Conheço um velho pai doente
    Filhos casados tem três
    Três casas para ficar
    Cada casa fica um mês
    Eu pergunto a mim mesma
    Que mal este velho fez ?
    Por que os filhos têm tudo
    E os pais nunca tem vez ?
    Tudo o que bate volta
    É um grande ditado
    Se teu pai vive assim
    Tenha muito cuidado
    O tempo corre, a vida passa
    E você já está escalado
    A dormir no porão úmido
    E teu filho no sobrado
    Quem semeia semente ruim
    Vai colher fruto estragado..

    domingo, 19 de setembro de 2010

    A OPÇÃO DA SIMPLICIDADE


    A opção da simplicidade

    Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.
    Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.
    Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.
    Viver com simplicidade é uma opção que se faz.
    Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas.
    A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si.
    Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima.
    Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs.
    De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?
    Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser.
    Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana.
    É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.
    O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.
    A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções.
    Ela experiencia a alegria de ser, apenas.
    Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância.
    Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida.
    Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer.
    A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial.
    Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete...
    Tudo isso compõe a simplicidade do existir.
    Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz.
    Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.
    Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso.
    É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se.
    Progredir sempre é uma necessidade humana.
    Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.
    Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena.
    As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.
    Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam.
    As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.
    Preste atenção em como você gasta seu tempo.
    Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.
    Experimente desapegar-se dos excessos.
    Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.
    Pense nisso.



    quinta-feira, 16 de setembro de 2010

    Com amor tudo se consegue!!!


    - O mal que me fazem não me faz mal, o mal que me faz mal é o mal que eu faço, porque me torna um ser mau...

    Em realidade, quando alguém não gosta da gente, o problema não é nosso, é da pessoa. Se alguém fala mal de nós, há de ter um factor de desequilíbrio de quem fala: há inveja, há competição, há insensatez, o desejo de superar, ou simplesmente uma alma atormentada. Então, se alguém não gosta de nós, o problema é da pessoa. Mas quando nós não gostamos de alguém o problema é nosso. Porque nós é que não estamos bem, nós é que estamos doentes, daí o mal que me fazem não me faz mal, porque a vibração negativa só encontra apoio quando há consonância; se eu me mantiver acima da faixa vibratória daquele que não gosta de mim, não há um plugue para a fixação da tomada do meu sentimento, então, seu mal não me atinge; mas se eu reagir e descer ao mesmo nível, então aí o mal me faz mal. Agora, o mal pior não é aquele que nos fazem, é o que nós fazemos, porque nos torna pessoas más; daí, nós devemos encetar todo esforço para nunca retribuir o mal com o mal. Quando alguém nos persegue, calunie e até minta, acusando-nos por coisas que jamais passaram por nossa mente, porque as mentes são muito férteis e há um ângulo da psicologia, no capítulo das patologias, a mentira, a pessoa sempre mente e quando percebe que seu objectivo não logrou, a pessoa cria coisas que não existem, mas na mente dele acontecem; é o transtorno psicológico: ele vê o que existe dentro de si; nós não devemos reagir, devemos agir, deixar que o tempo responda, porque a pessoa também vai amadurecer, vai viver, vai aprender com a vida e merece amor, porque amar a quem nos ama é muito fácil, amar a quem nos hostiliza ou não simpatiza conosco, esse é o grande desafio... não digo que seja fácil, mas consegue-se desde que queiramos. Mesmo que a outra pessoa não nos fale, puramente nos ignore, da nossa parte vivemos em paz de espírito e… com amor!!!
    Todos nós nascemos para amar. Ocorre que em nosso trânsito evolutivo nosso egoismo leva-nos a querer ser amados e negociamos o amor. O amor para nós só tem sentido se houver uma resposta, e então isso não é amor. O amor é como perfume, ele exterioriza. É claro que em nosso sentido de humanidade gostaríamos de receber a resposta, mas não é tão importante, porque as pessoas que recebem respostas afectivas nem sempre são plenas, tornam-se caprichosas e cada vez querem mais. Então, quando nós amamos, sempre a vida responde, porque o ato de amar é uma forma de ser feliz. A vida é uma canção de serviço: todo aquele que não vive para servir ainda não aprendeu a viver.

    Oração da Manhã.

    Senhor, quero entregar em tuas mãos este dia, e pedir a sua benção. Entregar todos meus sentimentos, pensamentos, planos e sonhos. Te entregar também tudo aquilo que não depende de mim. Pedir-te que pegue em suas mãos, abençoe e proteja, aqueles que tanto amo, e aqueles também que tenho dificuldade de conviver. Te convidar a estar ao meu lado neste dia, me enchendo de otimismo, fé e bondade, a fim de que eu possa oferecer ao meu irmão de caminhada um coração cheio de esperança, compreensão e amor, refletindo assim, um pouquinho do Teu imenso amor. Ensina-me Senhor, a viver um dia de cada vez, focando somente nas coisas de hoje, deixando para amanhã as coisas de amanhã. Fecha meus ouvidos a todo engano e falsidade e principalmente, que meus lábios não pronunciem palavras que humilhem, firam e magoem. Que eu viva este dia Senhor, com serenidade e paz. “Deus, conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria para distinguir uma da outra”.

    quarta-feira, 15 de setembro de 2010

    O VOO DO PÁSSARO

    Certo dia , um pássaro voou para dentro de nossa casa pela porta da frente.
    Começou uma perseguição. Toda vez que alguém chegava perto dele, o  intruso voava desesperadamente em busca de uma saída.
    Antes que pudéssemos conduzi-lo com segurança para fora, o pássaro voou de um lado para o outro da casa tão assustado que podíamos notar seu peito palpitando fortemente.E quanto mais o acoava, mais ele criava forças pra sair da sua suposta prisão,o medo fez com que ele encontrasse forças pra encontrar uma saida sem cair e ser jogado pra fora .
    Às vezes somos como aquele  pássaro – ansiosos, extenuados, e com medo do que possa vir a acontecer, às vezes também criamos forças no meio dos medos e encontramos saidas repentinas para nossos problemas.

    Conforta-me saber que “nenhum pássaro cai em terra” sem que Deus saiba (Mateus 10:29). Ele vê e está ciente de tudo o que acontece em nosso mundo.

    “Os olhos do SENHOR estão em todo o lugar” (Provérbios 15:3), e nada escapa da Sua atenção, incluindo você e eu.

    Deus entende e valoriza as menores coisas de nosso ser. Jesus disse: “… até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mateus 10:30).

    É surpreendente saber que Deus guarda um registro de nossas trivialidades pessoais e está a par até dos infortúnios de um pássaro.

    Visto que, Ele conhece esses pormenores, podemos confiar que Ele vê, e se importa com tudo o que nos acontece e nos deixa agitados, até com as maiores coisas. Quando pedimos a Deus para nos ajudar, a Sua resposta é sempre certa, devido ao perfeito conhecimento que tem sobre nós e nossas circunstâncias.

    Vamos confiar à Ele nossas ansiedades, pense nisso meus queridos amigos (as), confie no nosso Pai maior. Ele sempre esta do nosso lado!
    Tenham todos uma boa noite!


    Corumbaíba, 15 de setembro de 2010.

    terça-feira, 14 de setembro de 2010

    Siga Cantando.


    Siga Cantando
    Já observou a atitude dos pássaros ante as adversidades? Ficam dias e dias fazendo seu ninho, recolhendo materiais, às vezes trazidos de locais distantes... E quando já estão preparados para por os ovos, as inclemências do tempo ou a ação do ser humano ou de algum animal destrói o que com tanto esforço se conseguiu... O que faz o pássaro? Pára, abandona a tarefa? De maneira nenhuma. Começa, outra vez, até que no ninho apareçam os primeiros ovos. Muitas vezes, antes que nasçam os filhotes, um animal, uma criança, uma tormenta, volta a destruir o ninho, mas agora com seu precioso conteúdo... Dói recomeçar do zero... Mas ainda assim o pássaro jamais emudece, nem retrocede, segue cantando e construindo, construindo e cantando... E você já sentiu que sua vida, seu trabalho, sua família, seus amigos não são o que você sonhou? Tem vontade de dizer basta, não vale a pena o esforço, isto é demasiado para mim? Você está cansado de recomeçar, do desgaste da luta diária, da confiança traída, das metas não alcançadas quando estava a ponto de conseguir? Mesmo que a vida o golpeie mais uma vez, não se entregue nunca, faça uma oração, ponha sua esperança na frente e avance. Não se preocupe se na batalha seja ferido, é esperado que algo assim aconteça. Junte os pedaços de sua esperança, arme-a de novo e volte a ir em frente. Não desanime, siga adiante. A vida é um desafio constante, mas vale a pena aceitá-lo. E, sobretudo... Seja como um pássaro: Nunca deixe de amar e cantar!...

    Bom Dia!

    Olhe o dia amanhecendo e você vai sentir que, em quase tudo, há anjos tecendo o alvorecer.
    Uns são raios de sol que vêm descendo, para iluminar o que de bom a gente sonha fazer.
    Outros são canções suaves que quando em silencio, a gente ouve em toda fonte que jorra,
    Em cada onda que bate,
    Em cada sopro de vento,
    Em cada silvo selvagem,
    Em cada bicho que corre,
    Em cada flor ao nascer...
    Eles são fontes de energia e proteção, presentes em seus planos, desejos, vontades..
    Em tudo o que o amanhecer inspira.
    Só que é preciso fechar os olhos para ver e ouvir o coração dizendo que a gente é como gota
    de água, nesse mar imenso do universo.
    Com o poder infinito de transformar o que é invisível em cores do arco-íris.
    Acredite.
    Cada manhã dá luz a um novo dia..
    Mas é você quem faz nascer a alegria.



    segunda-feira, 6 de setembro de 2010

    CAMINHOS DA VIDA


    CAMINHOS DA VIDA
    Numa sexta-feira, como sempre fazíamos naqueles dias, sentados à mesa do bar, estava eu acompanhado de mais três amigos.
    A barulheira ensurdecedora da música, os risos dos embriagados, a cortina de fumaça dos cigarros acesos, o odor do churrasquinho na brasa e as conversas de tantas pessoas simultaneamente que ali se encontravam, onde nada se entendia, era como uma torre de Babel e compunha o ambiente em que me encontrava.
    Tudo eram festa e motivo de alegria!
    O tempo parecia ter sido parado, estranhos se abraçavam e cumprimentavam como se o mundo resumisse apenas em bebidas, festas, cigarros e ilusões.
    As nuvens escuras no céu anunciavam que uma tempestade estava por cair, mas as pessoas que ali se encontram não arredavam os pés de seus lugares.
    A noite chegou, trazendo consigo, a sombria escuridão das trevas e a tão anunciada chuva, com rajadas de vento e trovões.
    Quando o relógio marcava aproximadamente vinte horas, uma jovem em trajes simples e humildes, toda encharcada pela tempestade, com um sorriso encantador e humilde como suas vestes, aproximou-se da mesa em que eu estava.
    Seu semblante demonstrava tratar-se de uma pessoa sofrida pela vida e que trazia muitas decepções e frustrações do dia-a-dia.
    Com a mesma humildade que suas vestes e seu sorriso deixavam transparecer, suas palavras também soavam calmamente e cheia de paz, e em tom suave e meigo disse:
    “Moço, o senhor pode pagar um salgado? - Pois estou faminta e não comi durante todo o dia”.
    Meus amigos já envolvidos pela grande quantidade de bebidas começaram a zombar da humilde mulher. Faziam todo tipo de piadas, eles a humilhavam, sem que ela movesse um músculo sequer da face para retrucá-los.
    Apesar de haver, também, ingerido vários copos de bebidas, um lampejo de compaixão e piedade me comoveu pelo comportamento da jovem e me entristeceu pelos atos de minhas amizades.
    Convidei aquela mulher a sentar-se em uma mesa ao lado, dirigi-me até o balcão do barzinho e pedi que colocassem em um prato de papel alguns salgados e, também, um refrigerante.
    Fiquei observando aquela pobre mulher comer aqueles salgados e nem percebi o que meus amigos comentavam entre risadas debochadoras.
    Notei que lágrimas escorriam pelos olhos da jovem mulher.
    Novamente, sem até hoje entender o meu comportamento, levantei da mesa onde estava com meus amigos e me sentei, fazendo companhia para aquela jovem senhora.
    Entre um soluço e outro, enquanto comia, ela me contou que estava o dia todo pela rua, perambulando a procura de emprego para sustentar o filho. Estava cansada de andar, além de faminta, e para piorar ainda, não conseguiu trabalho.
    Aquilo me tocou profundamente!
    Então, eu a convidei a ir até minha casa no dia seguinte, e ofereci o trabalho de doméstica.
    Sua lealdade, seu carinho para comigo era grande, e em agradecimento resolvi investir naquela jovem mulher e ajudá-la a construir uma vida melhor.
    Os anos passaram, e após muita dedicação e luta, aquela mulher tornou-se uma grande médica na cidade.
    Meus amigos, colegas de trabalho, continuavam pela cidade e vez por outras, ainda encontrávamo-nos no mesmo barzinho.
    Num determinado dia, quando chegava eu em casa, o telefone tocou, e uma voz chorando e angustiada, do outro lado da linha, me contava que meus três amigos, bêbados, haviam sofrido um acidente de automóvel e estavam mal no hospital.
    Entre lágrimas, cheguei apressado para prestar solidariedade aos meus amigos e familiares, quando uma voz doce e meiga, logo atrás me chamou, era da minha ex-empregada que me abraçou, chorando, me dizia que faria tudo pra salvar a vida de meus colegas.
    E ela os salvou!
    Muitas vezes, nos caminhos da vida vamos encontrar muitos espinhos que foram jogados por alguém e que se esqueceu que poderá retornar pelo mesmo percurso onde os lançou.
    Se não puder fazer do caminho do seu semelhante um jardim florido, pelo menos, não semeie espinhos, você, certamente, retornará por ele.
    (AUTOR: SOÉLIS SANCHES )



    “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”.
    (Mateus: capítulo 7, versículo 2)



    quinta-feira, 2 de setembro de 2010

    Luz na escuridão

                                               
    LUZ NA ESCURIDÃO.
     Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai. Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.
    Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
    Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores.
    Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória.
    De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas.
    Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e matriculou-se no instituto nacional para crianças cegas. Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tacto, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases.
    Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas.
    O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca. Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.
    Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita nocturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz. Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto.
    Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.
    Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.
    Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto interessavam-se. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.O método Braille estava pronto. O sistema permitia também ler e escrever música.
    A ideia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo: "Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."
    Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
    Nos anos seguintes à sua morte, o método espalhou-se por vários países. Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que são cegos.
    Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.

    O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS


    O Valioso tempo dos maduros
    Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui
    para a frente do que já vivi até agora.
    Tenho muito mais passado do que futuro.
    Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas..
    As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
    poucas, rói o caroço.
    Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
    Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
    Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
    cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
    Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
    assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
    Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
    da idade cronológica, são imaturos.
    Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo
    de secretário geral do coral.
    ‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.
    Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
    minha alma tem pressa…
    Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
    muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
    triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua
    mortalidade,
    Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
    O essencial faz a vida valer a pena.
    E para mim, basta o essencial!


    Fui pesquisar e me deparei com uma quantidade de “autores” do texto acima O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS que corre na internet como sendo autoria de RUBEM ALVES e de MÁRIO DE ANDRADE e por fim por quem se diz autor do texto cujo nome real seria O TEMPO QUE FOGE de RICARDO GONDIM cuja afirmação publicamos aqui, transcrita de seu blog após um comentário acusando-o de plágio:
    Querem roubar e ainda me chamam de ladrão
    Ricardo Gondim
    Escrevi “O Tempo que Foge”. Alguém o fez circular como de um Autor Anônimo. Depois, disseram que era de Mário de Andrade. Agora, por último, me acusam de tê-lo roubado de Rubem Alves. Insisto, o texto é meu. Eu o escrevi no meu computador, na privacidade de meu ambiente de trabalho e está publicado no meu livro “Creio, mas tenho Dúvidas”, Editora Ultimato.



    quarta-feira, 1 de setembro de 2010

    LETRA DE MÚSICA: Vento no Litoral

    VENTO NO LITORAL
    De tarde quero descansar
    Chegar até a praia e ver
    Se o vento ainda está forte vai
    Ser bom subir nas pedras sei
    Que faço isso pra esquecer
    Eu deixo a onda me acertar
    E o vento vai levando
    Tudo embora
    Agora está tão longe ver
    A linha do horizonte me distrai
    Dos nossos planos é que tenho mais saudade
    Quando olhávamos juntos na mesma direção
    Aonde está você agora
    Além de aqui dentro de mim
    Agimos certo sem querer
    Foi só o tempo que errou
    Vai ser difícil sem você
    Porque você está comigo o tempo todo
    E quando vejo o mar
    Existe algo que me diz
    Que a vida continua a se entregar
    É uma bobagem
    Já que você não está aqui
    O que posso fazer
    É cuidar de mim
    Quero ser feliz ao menos
    Lembra que o plano era ficarmos bem
    Olha só o que eu achei
    Cavalos-marinhos
    Sei que faço isso pra esquecer
    Eu deixo a onda me acertar
    E o vento vai levando tudo embora
    (Legião Urbana)





    POESIA

    BILHETE

    Se tu me amas, ama-me baixinho
    Não o grites de cima dos telhados
    Deixa em paz os passarinhos
    Deixa em paz a mim!
    Se me queres,
    enfim,
    tem de ser bem devagarinho, Amada,
    que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
    Mário Quintana

    Dia 01 de setembro.

    Nascimento de Tarsila do Amaral, grande pintora brasileira, na Fazenda São Bernardo, em Capivari-SP, no ano de 1886.

    tarsila - o abaporu - 1928

    Dia 31 de agosto.

    Nascimento de Emilinha Borba (Emilia Savana da Silva Borba), cantora da MPB e atriz brasileira, a "Eterna Rainha do Rádio", no Rio de Janeiro-RJ, em 1923;

    Dia 30 de agosto.

    Nascimento de Anita Garibaldi (Ana Maria de Jesus Ribeiro), heroína brasileira da guerra dos farrapos, em Morrinhos, Laguna-SC, no ano de 1821;