segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PÁRABOLA DO JARDINEIRO


Conta-se de um homem, que amava o seu jardim. Por isto dele se ocupava, com todo o cuidado que só o amor pode inspirar.
Com carinho, absorvia-se no trato da terra. E esta lhe retribuía com flores silvestres que, embora humildes, embelezavam a sua vida e perfumavam o ar que respirava.
Assim, era feliz o jardineiro. Porque a felicidade não está em conquistar sempre mais, e sim em reconhecer o valor do que se possui.
Porém, todos lhe repetiam que não deveria cultivar aquelas flores; que ninguém pode ser feliz com flores singelas, que apenas embelezam e perfumam, mas não têm qualquer valor que traga segurança ao cotidiano.
De tanto ouvir as vozes do mundo, houve um dia em que o jardineiro lançou os olhos sobre o jardim do vizinho. As flores que ali vicejavam, embora não tivessem a beleza e o perfume do seu jardim, eram procuradas por todos; e por isto lhe pareceram mais desejáveis que as suas próprias flores.
Deste dia em diante, foi-se a felicidade do pobre jardineiro. Que já não se satisfazia com o seu jardim; mas tampouco se animava a dele arrancar as flores, que lhe ofereciam a beleza e o perfume que em nenhum outro jardim encontrara.
Foi-se o sono tranqüilo, que tão belos sonhos lhe trazia; os seus olhos, que dantes guardavam doces imagens do jardim querido sob o sol, agora fitavam insones as trevas da noite.
Dividido entre os sentimentos contrastantes, já não era com o mesmo encanto que apreciava a beleza das suas flores, ou inspirava o seu perfume. Aos poucos, deixou de dedicar o mesmo carinho à terra e o mesmo cuidado ao jardim.
Assim, foram as flores perdendo o viço e, com ele, a beleza e o perfume. Dia após dia, tornava-se mais feio o antes lindo jardim, e mais sofria o pobre jardineiro.
Como acontece a tantos, que um dia foram felizes, mas deixaram-se seduzir pelo brilho que julgavam descobrir nos jardins alheios.
E esqueceram de cuidar das próprias flores...

O grande erro humano. Nunca se satisfazer com o que tem. A insatisfação constante, que não só não nos deixa apreciar o que temos, como ainda nos leva a esquecermo-nos do que temos! Resultado: o lindo jardim murchou! 

Não permita que murchem as suas amizades, as relações familiares, enfim que não murche a sua vida...não permita que sua alma fique inquieta com coisas que muitas vezes servindo aos outros, não lhes servem da mesma maneira...

às vezes você acaba por esquecer as  pessoas que realmente tem sentido na sua vida para querer o que é do outro, o amor do outro, o outro amigo, a outra família...e o pior é que quando você acordar deste processo e você perceber que todos aqueles que realmente lhe davam valor se foram...ai pode ser tarde demais...

Mas se o jardineiro voltar a cuidar do seu jardim, ainda há de haver alguma semente, que cuidada com amor voltará a ter o perfume que lhe encantava antes. Se ele não tiver mais vontade e não cuidar suas flores morrerão, mas se depositar mais atenção e amor...tudo pode voltar a ser como antes...

então acorde enquanto é tempo minhas amigas, meus amigos...dê valor no seu jardim, dê valor nas coisas que você possui e não fique cobiçando aquilo que não lhe pertence...podem ter certeza de que cada um de nós temos "as flores" que precisamos no nosso "jardim" da vida...
Pense Nisso!!!

" Com certeza uma parábola que nos faz repensar nossas atitudes frente àquilo que julgamos mais importante na vida do semelhante, esquecendo com isso de 'cuidar' com esmero daquilo que faz parte do nosso caminhar pela vida. "

Tenham todos uma boa semana...
bjos no coração e carinho na alma!

Noemy Cardoso.








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