quarta-feira, 6 de abril de 2011

Parábola do Jardineiro

Conta-se de um homem, que amava o seu jardim. Por isto dele se ocupava, com todo o cuidado que só o amor pode inspirar.
Com carinho, absorvia-se no trato da terra. E esta lhe retribuía com flores silvestres que, embora humildes, embelezavam a sua vida e perfumavam o ar que respirava.
Assim, era feliz o jardineiro porque a felicidade não está em conquistar sempre mais, e sim em reconhecer o valor do que se possui.
Porém, todos lhe repetiam que não deveria cultivar aquelas flores; que ninguém pode ser feliz com flores singelas,
que apenas embelezam e perfumam, mas não têm qualquer valor que traga segurança ao cotidiano.
De tanto ouvir as vozes do mundo, houve um dia em que o jardineiro lançou os olhos sobre o jardim do vizinho.
 As flores que ali vicejavam, embora não tivessem a beleza e o perfume do seu jardim, eram procuradas por todos e por isto lhe pareceram mais desejáveis que as suas próprias flores.
Deste dia em diante, foi-se a felicidade do pobre jardineiro.
 Ele já não se satisfazia com o seu jardim; mas tampouco se animava a dele arrancar as flores, que lhe ofereciam a beleza e o perfume que em nenhum outro jardim encontrara.
Foi-se o sono tranqüilo, que tão belos sonhos lhe trazia;
 os seus olhos, que antes guardavam doces imagens do jardim querido sob o sol, agora fitavam insones as trevas da noite.
Dividido entre os sentimentos contrastantes, já não era com o mesmo encanto que apreciava a beleza das suas flores, ou inspirava o seu perfume.
 Aos poucos, deixou de dedicar o mesmo carinho à terra e o mesmo cuidado ao jardim.
Assim, foram as flores perdendo o viço e, com ele, a beleza e o perfume.
 Dia após dia, tornava-se mais feio o antes lindo jardim, e mais sofria o pobre jardineiro.
Como acontece a tantos, que um dia foram felizes, mas deixaram-se seduzir pelo brilho que julgavam descobrir nos jardins alheios.
E esqueceram de cuidar das próprias flores...

o lindo jardim murchou! Como murcham em certos casos os  casamentos, as  relações familiares, as nossas amizades.
 As nossas vidas!

***
O grande erro humano. Nunca se satizfazer com o que tem. A insatisfação constante, que não só, não nos deixa apreciar o que temos, como ainda nos leva a esquecermos do que temos!

O pior engano do ser humano é se achar proprietário do outro e esquecer que o amor deve ser tratado como as flores; que precisam de trato, atenção e carinho
 O tempo faz com que ele deixe de valorizar o que tem, pra se encantar com o novo, que lhe enche a vista. Por lhe parecer viçoso, sem defeitos...infelizmente algumas pessoas são assim, não são "bons jardineiros", não aprendem a cuidar do seu jardim e cobiçam aquilo que é do outro....
Não se esqueçam de que, cada um tem "as flores" que precisa no "jardim da vida"
aprendam a cuidar do seu jardim
aprendam a cuidar das flores que fazem parte da sua vida!
Pensem nisso!








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