segunda-feira, 8 de novembro de 2010

- Reflexão: A Crítica

A Crítica

Um conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando consigo um pequeno fardo.
Após cumprimentar os presentes, em silêncio, enfeitou uma mesa forrada com toalha branca de seda,
com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas.
Em seguida apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e os distribuiu sobre a mesa com graça.
Logo depois, diante do assombro de todos, em meio aos demais objetos, colocou uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro.
Só então se dirigiu ao público perguntando:
- O que é que os senhores estão vendo?
E algumas vozes responderam discordantes:

- Um bicho!

- Um lagarto horrível!

- Uma larva!

- Um pequeno monstro!

O conferencista então considerou:

- Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda branca que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Mas não passou despercebida aos olhos da maioria, a pequena lagartixa...

E, sorridente, concluiu:

- Me pediram para subir a este palco para falar sobre crítica, portanto, nada mais tenho a dizer. Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas valorosas da vida e das pessoas? Se seu filho mostra seu boletim escolar repleto de boas notas, mas com apenas uma nota baixa em determinada matéria, qual é a sua reação? Você enfatiza e elogia as notas boas, ou reclama da nota baixa? Quando agimos assim, sem perceber podemos estar contribuindo para a formação de uma geração que será caracterizada pelo que não é, e não por aquilo que é. E assim acontece em muitas situações da nossa vida; em vez de focarmos nas flores e nas perolas, colocamos nossa atenção na "lagartixa".

Tente substituir a crítica pelo elogio e pelo reconhecimento. Você vai perceber que isso tornará a vida de todos, e principalmente a sua, muito melhor!
 
***

Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.
Acostumados a ver somente os fatos que denigrem a sociedade humana, volvemos o olhar para os detritos morais das criaturas.
Assim, criticamos a mídia por enfatizar as misérias humanas, os desvalores, as fofocas e as intrigas, mas, em verdade, isso tudo só vem a lume porque ainda nos comprazem. Em última análise, é o que vende!
Não há espaço para uma mensagem edificante, e os que teimam em veicular coisas e situações nobres, o fazem sob o peso de enormes dificuldades.
É imperioso atentarmos para os nossos valores ou desvalores, antes de levantarmos a voz para criticar a sociedade e os meios de comunicação em geral.
É importante observarmos os nossos interesses pessoais antes de gritarmos contra os governantes, sem esquecer que eles só ocupam os cargos depois de eleitos por nós.
Enfim, é relevante atentarmos para os que buscam divulgar o bem e o belo e candidatarmo-nos a engrossar essas fileiras.
Assim, com a exaltação do bem, em detrimento do mal, com a evidência da paz, em vez da guerra, com a elevação do perfume sobre os odores fétidos, a sociedade logrará sobrepujar as misérias, evidenciando as belezas e os atos de essência superior, e encontrada será a felicidade perene.





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